Sem comando

Sem técnico e com dispensas, Remo junta os cacos para se reerguer

Com alto investimento, o Remo enfrenta desafios, demitindo o técnico Gustavo Morínigo e tentando ugentemente trazer um comandante novo.

Sem técnico e com dispensas, Remo junta os cacos para se reerguer
Treino tático do Remo (Fotos: Tylon Maués)

O ditado popular espanhol “Eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem!” pode muito bem ser aplicado no Clube do Remo. Pode até haver uma descrença nelas, mas uma delas está solta há tempos sobre o Baenão, estádio do Clube do Remo. Maior orçamento da Série C, o time azulino patina na competição. Em cinco rodadas, foram três derrotas, um empate e uma vitória, sendo que três desses jogos foram em casa. Depois do empate sem gols com o Tombense-MG na última rodada, em Belém, a diretoria resolveu pela demissão do técnico Gustavo Morínigo e ainda não contratou um substituto. Luizinho Lopes e Allan Aal, nesta ordem, são os mais cotados para assumir o cargo. Também na rodada passada, o lateral-direito Thalys se machucou sozinho e terá que passar por uma cirurgia no joelho direito, o que o afastará da temporada.

Neste sábado, dia 25, o Remo fará contra o Náutico-PE o primeiro e dois jogos seguidos fora de casa. Na partida contra o Timbu, marcada para o estádio dos Aflitos, o Leão Azul não contará com o meia Jáderson, o jogador mais regular da equipe na temporada, e que cumprirá suspensão automática por ter recebido cartão vermelho. Possivelmente o time também não contará com o centroavante Ribamar, que tem a permanência no clube sob suspense devido as atuações abaixo da média e a quantidade de gols perdidos.

O setor ofensivo azulino tem sido um problema que vai além do camisa nove. Nos dois últimos jogos em casa, contra Floresta-CE e Tombense-MG, o Remo teve apenas sete finalizações certas, que foram a gol. “Quando faltam gols, não são só os atacantes ou os meias, é um conjunto, um todo. E todo mundo treina durante a semana finalizações, treina as jogadas trabalhadas, o que é pra ser feito no jogo, mas têm coisas que fogem do nosso controle. Não tem como explicar certas situações. Mas nós temos que saber que nós estamos trabalhando para que a gente possa melhorar”, comentou o goleiro Marcelo Rangel.

Levantar, sacudir a poeira e buscar dar a volta por cima é a ordem no Baenão, superando as perdas recentes dentro e fora de campo. “Não tem como colocar a culpa no treinador até porque não é ele que entra em campo, ele dá as coordenadas e faz o trabalho dele para que a gente possa fazer nosso trabalho em campo. Todos temos que assumir essa culpa, essa responsabilidade porque não cabe só ao treinador, todos temos uma parcela de culpa e só nós podemos reverter essa situação”, finalizou o volante Paulinho Curuá.